Foi publicada dia 20/08 a nova resolução homologatória que apresenta os reajustes da Tarifa de Energia (TE) e Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) referente à Elektro Eletricidade e Serviços S/A, que atua na distribuição de energia para mais de 2,7 milhões de unidades consumidoras distribuídas em 234 municípios entre o estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Entre os fatores que impactaram no reajuste está o aumento da receita anual nos sistemas de transmissão, a alta do dólar, que resultou em um aumento do preço da energia gerada em Itaipu e os reajustes do IPCA e IGP-M.

 Área de Concessão da Elektro
Fonte: Aneel, 2021 (modificado)

Neste reajuste observa-se um aumento considerável em todas as tarifas aplicadas, algo que a Aneel tem feito esforços para evitar efeitos desse tipo, dado a atual conjuntura econômica vivida no país. O efeito médio para consumidores de baixa tensão foi de 12,89%, enquanto consumidores de alta tensão tiverem um efeito médio de 8,84%.

Por conta da crise hídrica do país e efeitos na economia decorrentes da pandemia, alguns fatores resultaram na elevação de custos que refletiram no reajuste. Um deles foi o alto custo com a energia provinda de Itaipu, precificada em dólar, custo com risco hidrológico e aumento de custos com encargos setoriais. Para mitigar esse efeito no reajuste, a Agência realizou a antecipação dos créditos do PIS/COFINS, empréstimo da Conta-Covid, reversão antecipada de receitas de ultrapassagem de demanda e reativos excedentes e reversão de receitas para a modicidade tarifária. Isso gerou um impacto redutor de 6,9% no reajuste tarifário.

Análise do Reajuste Tarifário 2021 – Elektro
Fonte: autoria própria, 2021

Outro fator importante no reajuste deste ano é a adição de uma nova tarifa no ambiente de contratação regulada, chamada de Conta COVID. Mesmo estando no mercado livre, os consumidores que migraram a partir de 8 de abril de 2020 também deverão pagar esse valor. Conta COVID é resultado de um empréstimo contratado e administrado pela CCEE para diluir os impactos financeiros da pandemia em um período de 5 anos. Segundo a CCEE, este empréstimo deve ser quitado até dezembro de 2025. Para os consumidores da Celesc-DIS, o valor aplicado será de R$12,81/MWh.

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