Foi publicada dia 12/07 a nova resolução homologatória que apresenta os reajustes da Tarifa de Energia (TE) e Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) referente à Energisa Sul Sudeste – ESS, que atua na distribuição de energia para mais de 800 mil unidades consumidoras espalhadas em 85 municípios do estado de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Entre os fatores que impactaram no reajuste está o aumento da receita anual nos sistemas de transmissão, a alta do dólar, que resultou em um aumento do preço da energia gerada em Itaipu e os reajustes do IPCA e IGP-M.

Área de Concessão da ESS
Fonte: Aneel, 2021 (modificado)

 

Neste reajuste observa-se um grande aumento na TE e na TUSD Encargos, enquanto a TUSD Fio teve uma redução de aproximadamente 19,17% para consumidores A4. Com isso, os consumidores do mercado livre terão um potencial de economia em relação ao mercado cativo ainda maior. O efeito médio para consumidores residenciais e baixa tensão foi de 11,40% e 12,12% respectivamente.

Por conta da crise hídrica do país e efeitos na economia decorrentes da pandemia, alguns fatores resultaram na elevação de custos que refletiram no reajuste. Um deles foi o alto custo com a energia provinda de Itaipu, que é precificada em dólar, custo com risco hidrológico e aumento de custos com encargos setoriais. Em contrapartida, foram realizadas algumas ações na tentativa de amortecer o alto reajuste previstos. Entre elas a revisão do pagamento do financeiro da RBSE das transmissoras, além do montante relativo à cobrança indevida do PIS e COFINS que representou um impacto de -1,56%.

Análise do Reajuste Tarifário 2021 – ESS
Fonte: autoria própria, 2021

 

Outro fator importante no reajuste deste ano é a adição de uma nova tarifa no ambiente de contratação regulada, chamada de Conta COVID. Mesmo estando no mercado livre, os consumidores que migraram a partir de 8 de abril de 2020 também deverão pagar esse valor. Conta COVID é resultado de um empréstimo contratado e administrado pela CCEE para diluir os impactos financeiros da pandemia em um período de 5 anos. Segundo a CCEE, este empréstimo deve ser quitado até dezembro de 2025. Para os consumidores da ESS, o valor aplicado será de R$6,81/MWh.

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